* O SENDEIRO – O TREM DA CORRUPÇÃO!

Piuííí, Piuííí, Piuííí, puá, puá, puááááááááá

Deu partida o trem! Uma nuvem de fumaça negra e escura era o prenuncio e a confirmação de terríveis premonições. Seria os primeiros sinais do ARMAGEDOM? Ou a besta fera do apocalipse que acordara e reencarnara num corpo mecânico conduzindo sua falange?A dúvida se fez certeza! Uma trupe política chegara para praticar AÇÕES POLÍTICAS DESUMANAS, portanto eram realmente os ANTICRISTOS! Ventos tenebrosos expeliam as cinzas da corrupção que aos poucos alcançava toda a cidade. E o povo impotente na plataforma da centenária estação exclamava:

__Olha é o trem da corrupção! Vem chegando, enganando, roubando, mentindo para o povo, deslizando pelos trilhos da malversação desde as pedrinhas, por toda cidade, até a exposição.

A locomotiva partira do sitio macaco depois de embarcar seus dois maquinistas titulares moradores da mina, Toinha e José Carlos. Sávio Pontes viajava entre os dois condutores. Zezé Carlos com seu sorriso de crocodilo do Nilo pilotava a locomotiva com o braço esquerdo descansando na janela e com a mão direita escondida no interior da cabine dava cotocô para o povo, a “mãe da pobreza” vomitara num saco plástico ao avistar o primeiro pobre das pedrinhas. O vagão da primeira classe fora pintado com a chamativa COR DE ROSA e trazia desenhado um imenso ARCO IRIS com as sigla G.L.B.S. e nas laterais do carro, delicados e imensos laçinhos também cor de rosa davam um ar de leveza e nele viajava CID GOMES com plumas de avestruz enlaçando o pescoço, acompanhado por vários garotos de programa, os chamados gogoboys, que dançavam de sunga, seminus ao som da banda do bloco da mala, com seus peitorais e bípedes bem definidos. Porém, dando chiliques em função do calor, CID se abanava com um LEQUE que ao abrir-se deixava á mostras a figura de um saltitante viadinho correndo no BECO DO COTOVELO em Sobral, uma graça! Sentadas nos degraus traseiros do carro estavam a “MULHER” e a SOGRA emburradas porque gostariam era de estarem passeando, fazendo compras a nossas custas na BOULEVARD CHAS ELISE EM PARIS e também porque o marido prometera que caso NÃO ganhe a eleição “SAIRÁ DO ARMÁRIO” e portanto não renovará o caríssimo e cheios de mordomias CONTRATUAIS DO SOFISMÁTICO CONTRATO DE CASAMENTO. O vagão subseqüente bregamente enfeitado por imensos e delatores chifres, não sei por que! Fora reservado exclusivamente para o Nilson Rufino, e viajava lotado com suas concubinas deselegantes, desbocadas e mal educadas, que disputavam a tapa berrando palavras de baixo calão, qual delas iria ganhar o próximo PRESENTE comprado com outra indecente DIÁRIA DA CÂMARA. Num vagão pintado de vermelho a cara do Simão e do fanico se confundiam com as cores do carro ficando impossível percebê-los.

Não houve lipoaspiração que desse jeito, Carmem Pinto viajava espremida entre duas poltronas, porem, com a boca livre berrava por COMISSÃO. E o povo impotente na plataforma da centenária estação exclamava:

__Olha é o trem da corrupção! Vem chegando, enganando, roubando, mentindo para o povo, deslizando pelos trilhos da malversação desde as pedrinhas, por toda cidade, até a exposição.

E no vagão RESTAURANTE a banda do bloco da mala comandada pelo maestro Jorge Nobre e seus componentes cantavam:

__Piuí, Piuí, puá, puá, eu quero ver a Prefeitura quebrar, piuí, piuí, puá, puá... (BIS).

Manoel Palácios e sua afamada falta de personalidade, sinceridade e fidelidade com quem o ajuda a elegê-lo, pulava do vagão, entrava novamente, tentando chegar á locomotiva para pedir umas propinas aos MAQUINISTAS. Efigênia com guias de internação do SUS falsificada torcia e fazia figa por um eventual acidente com o Deti e a Ceiça que viajavam pendurados no último vagão, já calculando os lucros de seu hospital, o seu PALÁCIO DO MERCÚRIO. Raimundo doido insanamente corria na frente do trem conduzindo inúmeras caixas de GARDENAL, e quando alcançava uns cinqüenta metros à frente da locomotiva ajoelhava-se, tal como fizera no último comício da Corrinha, chorando lágrimas de “crocodilho” para o maquinista com sorriso de CROCODILHO querendo uma fatia do desvio da verba da reforma da estação. Luciano Paiva ainda iludido pelo novo tempo, estava ansioso para chegar a BIBLIOTECA da estação para digerir a leitura de seus mais de 10.000 livros de letras ABSTRATAS e palavras INVISÍVEIS. Em um vagão climatizado fora gasto mais R$ 26.000,00 na sua aromatização com as fragâncias da Bio Extrato, o mesmo claro era ocupado pela família CARMITA, porém em um dos BANHEIROS bem escondida viajava uma morena PASSIONAL de cabelos escuros e ondulados, de pernas grandes e torneadas, uma verdadeira “ BIOGATA” que recebia vez e outra no decorrer da viagem, beijos de uma boca com um bigode asqueroso e os alisados e empinadas de uma barriga inchada de bebida, sedentarismo e preguiça. Enquanto a Morgana, mesmo MORGADA pelos enjôos da viagem fazia planos MAL CHEIROSOS com a sogra para a implantação de um novo BIOGATOS, mais sofisticado, mais oculto para enganar a COELCE. E no vagão restaurante a banda e os componentes do bloco da mala cantavam:

__Piuí, Piuí, puá, puá, eu quero ver a Prefeitura quebrar. Piuí, piuí, puá, puá... (BIS).

E o povo impotente na plataforma da centenária estação exclamava.

Olha é o trem da corrupção! Vem chegando, enganando, roubando, mentindo para o povo, deslizando pelos trilhos da malversação desde as pedrinhas, por toda cidade, até a exposição.

Nonato Martins vestido com o uniforme de Agente Ferroviário justo e apertadíssimo, pois pertencera ao último funcionário da Refesa que era extremamente magro, lhes deixava a mostras seu enorme umbigo nascido numa barriga que se negava a cobri-se pela camisa. VENDIA AS PASSAGÉNS DO SILÊNCIO DE SUA RÁDIA para as arbitrariedades do novo tempo. Não sei por que quando o trem passara pelo brequedoff Fabuloso colocara uma máscara no rosto, correra para o banheiro do vagão com uma arma em punho e não fora servido já que se escondera, pelo Antonio Marinho que servia abundantemente seu tradicional e aguado guaraná de puro sabor de ÁGUA COM AÇÚÇAR E GÁS. Durante o percurso Magela Aragão tentava descobrir os terrenos sem escrituras e ver a possibilidade por meio do GRILEIRO do seu irmão, posteriormente apossar-se e revendê-los á Prefeitura para a construção de outro aterro sanitário FANTASMA e surrupiar novamente a verba federal.

E o povo impotente na plataforma da centenária estação exclama:

__Olha é o trem da corrupção! Vem chegando, enganando, roubando, mentindo para o povo deslizando pelos trilhos da malversação, desde as pedrinhas, por toda cidade, até a exposição.

E no vagão restaurante a banda e os componentes do bloco da mala cantavam:

Piuí, Piuí, puá, puá, eu quero ver a prefeitura quebrar, piuí, piuí, puá, puá ... (BIS).

Nos degraus que dão acesso ao vagão da segunda classe do lado direito, Francisco Lira (Petinha) atirava de baladeira nos PÁSSAROS nas arvores próximas, já Aloizio GOGÓ nos degraus do lado esquerdo preferira atirar nos BODES, Cícero do C.V.T. queria que o trem fosse até CURITIBA, viagem que fizera certa feita a custas da Prefeitura e ficara com os neurônios cerebrais e a CABEÇA ATINGIDA em VER uma grande cidade, ao ponto de que deixar de VER o charminho perigoso da mulher.

No último vagão, na terceira classe, esparramados em uma das janelas repousava cheios de ESTRIAS as mamas da Jacutinga, que sensualmente desnudara os seios simbolicamente como se fossem as tetas da Prefeitura já flácidos de tanto mamarem. Neste mesmo vagão viajavam também os sapos “mundiça” se ALIMENTANDO DE POEIRA E ÓLEO dos trilhos. Quando chegara na exposição o trem fizera uma parada obrigatória e inesperada, os MIRANDAS saído de sua chácara de arma em punho tentavam assaltar os passageiros berrando as alturas:
__LADRÕES QUE ROUBAM LADRÕES, TEM CEM ANOS DE PERDÕES !!! Porém, foram acalmados pelo maquinista auxiliar Sávio Pontes que lhes prometeu participação no desvio de verbas para a construção dos banheiros e fogões SONRRISAIS, e uma ajuda LOGÍSTICA para o próximo assalto a banco.

E nós rogando, torcendo, acreditando na justiça dos homens e de Deus esperando que um dia ela se faça e DESCARRILHE dos trilhos este trem da nossa estação, da nossa cidade e das nossas vidas, e que nossos ouvidos olvidem a musica do TREM DA CORRUPÇÃO executada pela banda do bloco da mala e seus componentes.

__Piuí, Piuí, puá, puá, eu quero ver a Prefeitura quebrar, piuí, piuí, puá, puá ...