O parecer dos técnicos Tribunal de Contas da União(TCU) no Ceará é contrário a continuidade da licitação das obras do estádio Castelão.
O documento encaminhado ao ministro Valmir Campelo, que é cearense, revela que há irregularidades nos laudos da construtora Marquise que não estaria habilitada a continuar na concorrência pública. Leia mais sobre esse assunto em matéria da revista Veja, na coluna Radar on line:
Está nas mãos do ministro Valmir Campelo sugestão dos técnicos do TCU para suspender imediatamente a concorrência para escolha do consórcio de empreiteiras que vai reformar por completo o estádio do Castelão, no Ceará.
Na segunda-feira, a secretária de Controle Externo do tribunal no estado, Shirley Cavalcante, enviou a Campelo uma recomendação para barrar o andamento da licitação, segundo ela, “eivada de vícios”. Embora haja decisões judiciais e o pedido do TCU para interromper a concorrência, o governo estadual quer abrir as propostas da obra, orçada em 452 milhões de reais, já na próxima semana.
Shirley narrou ao ministro do TCU, responsável na Corte por avaliar as obras da Copa, as irregularidades reveladas por reportagem de VEJA do final de junho que denunciou irregularidades na licitação.
Entre os sete erros apontados no documento está o de que o consórcio liderado pelo grupo cearense Marquise, uma das mais fortes candidatas a vencer a disputa, obteve nota técnica máxima sem nunca ter construído ou reformado um estádio.
Pior, mentiu ao governo estadual durante o processo de habilitação dos consórcios ao apresentar certidão de que construiu o estádio João Havelange, o Engenhão, obra na verdade tocada por outras empreiteiras.
Por Lauro Jardim
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