* Governador Cid Gomes Caiu

NÃO É ISSO QUE VOCÊS ESTÃO PENSANDO, ELE CAIU MESMO, LITERALMENTE!

A população do Estado do Ceará vem sentindo o aumento da violência que só nos leva a concluir que existe algo de errado na política de segurança. Apesar da competência indiscutível do Secretário de Segurança, chegou a hora de rever o programa Ronda do Quarteirão, que desde sua implantação foi mudado várias vezes, basta verificar que no início era uma viatura das mais modernas e caras (HILUX) e uma moto de trezentas cilindradas, hoje o que temos são as viaturas hilux e um reduzido número de policiais em cada uma delas, as motos foram deslocadas para outros regimentos da PM.

Não sou um especialista em segurança mas é óbvio que se combater a violência sem enfrentar suas causas continuaremos batendo na mesma tecla. Como já postado várias vezes neste blog, o crack vem tomando conta da nossa sociedade, independente de classe social e seu efeito é devastador, basta ver os noticiários onde filhos matam os pais, netos matam avôs, irmãos matam irmãos, enfim tudo fica fora de controle na vida das famílias dos viciados que tem como reflexo imediato a insegurança que estamos vivendo.

EDUCAÇÃO, SAÚDE E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, sem esses elementos a violência tende a aumentar com ou sem rondas…Pense nisso Governador e não caia mais.

“A política de segurança pública do Ceará recebeu um tiro de canhão com a publicação dos resultados de pesquisa da ONU na qual 92,25% da população cearense diz que a violência só fez crescer no Estado, nos últimos anos. O estudo foi encomendado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Só nestes quatro primeiros meses do ano ocorreu um aumento de 50% no número de homicídios, em relação ao mesmo período do ano passado.

É aceitável a tese de que o crack tem grande responsabilidade no incremento da violência, mas isso não impede de se verificar a existência de grandes falhas na política da segurança pública e de seu carro-chefe: o Ronda do Quarteirão. Não há credibilidade, inclusive, na estrutura administrativa da segurança pública, que tem algumas de suas funções importantes entregues a gente proveniente de uma cultura policial viciada na ditadura.

As críticas, no entanto, esbarram na muralha inamovível dos interesses consolidados. E assim, a sociedade desanima.”

(Coluna Concidadania – O POVO)