* O SENDEIRO – CRÔNICA DE UM FERIADO EM UMA METRÓPOLE “SAVIANA”.

Cheguei à cidade pela entrada SUL desejando que o Ipu encontrasse o NORTE de um caminho sem PONTES que ligam a corrupção, freia e acorrenta o progresso. O semáforo do Alto dos Quatorze alumia a cor amarela. Cuidado! Atenção! Ah, se o povo fosse mais cuidadoso com o voto e tivesse tido mais atenção ao trânsito dos processos que correm na justiça contra este prefeito! De repente escuto: “Toc, toc, toc”, no vidro da porta dianteira do carro. Seria um “marromzinho ipuense”, ou um pica pau urbano? Olho e vejo um agente de trânsito. Pequeno e obeso. E no alto de sua autoridade e com a arrogância peculiar dos imaturos de espírito chega-me requisitório __O senhor parou na faixa de pedesTRI. O amigo leitor não leu errado, é pedesTRI mesmo, com a supressão do “E” e com ênfase ao radical TRI. Temi pela TRIplicidade da MULTA. Se não vejamos: 1/3 vai para os gafanhotos, 2/3 para o Sávio Pontes, 3/3 para o Covernador, por fim, arredondariam as dízimas periódicas dos centavos tais as contas do povo português e todos se dariam muito bem. Menos eu, claro! Temendo ter sido acometido de eventual e traiçoeira catarata ou irreversível glaucoma, ponho o rosto para fora do carro, e sôfrego respiro o ar pesado e asfixiado do “novo tempo”. Arregalo os olhos aflitos, cobro-me a consulta adiada pela milésima vez com o Dr. Carlos Cruz __Mas que faixa? Não a vejo! Pergunto e exclamo angustiado __É na imaginação do motorista. Aliviado e com a arritmia agora sob controle falo-lhe: __Mas “autoridade”, minha faculdade criacionista e imaginativa não tem e com certeza nunca terá a capacidade de materializar os sinais INVISÍVEIS de transito desta autarquia municipal chamada Sávio Pontes. Cujo veículo da ética é intransitável na sua rodovia existencial, congestionada de processos pelos desvios perigosos de sua vida política acidentada pela imprudência de seus roubos. Ele tira o chapéu, coça a cabeça, ajeita o colete, olha profundamente nos meus olhos e diz __Pode ir, o sinal já ta “esverdeado.” Dou partida e digo-lhe __ Verde deveria estar a esperança do povo por melhores dias. Desço de alto a baixo e ao chegar frente à Caixa Econômica Federal outro semáforo. Nossa! Minha cidadezinha da noite para o dia transformara-se em uma metrópole. Tive a sensação de estar na Av. Vieira Souto no Rio de Janeiro, só não vi o gingado e o doce balanço da garota de Ipanema a caminho do mar. Com certeza se nega a banhar-se neste mar de lama onde nadam os tubarões da Prefeitura. Tantas luzes e tamanha escuridão nas mentes alienadas por falta de uma rádio. Sem a eloqüência de uma radio o SINAL VERMELHO estará sempre fechado para nós. Uma SETA desenhada no chão permite-me erroneamente uma conversão à direita em direção a Estação Ferroviária pela Rua Major Liberalino. Os amigos já devem tê-la visto. Como liguei a sinaleira outra “autoridade” prontamente ameaça-me com um bloco de multas e uma caneta em riste, num apetite voraz de gafanhoto bíblico. Quem será meu Deus o engenheiro de tráfego da Prefeitura? Com certeza deve ser o mesmo que fizera a REFORMA E NÃO A RESTAURAÇÃO da Estação e Igrejinha. Bem amigos prá não ser prolixo, estaciono aqui o texto para fazer uma assepsia em um dedo vítima de um rolo de arames enferrujados, porém menos enrolados que os processos do prefeito, que tropecei ao visitar a bica, deslumbrado em ver o que parece ser as ruínas de ATLÂNTIDA o continente desaparecido pelo cataclismo de terremotos e tsunamis segundo a lenda. Solidário e pesaroso com minha gente, sentado na “PEDRA DO DESCANSO”, lamento por este cataclismo político que se abateu sobre nós, e a certeza de que tudo aquilo que esta sendo construído?! Na bica, se transformará na ilha da fantasia de Peter Pan (Neverland) a TERRA DO NUNCA.