* O SENDEIRO – O AMOR DE UM “PINEL” POR UMA PINÉ.

Oh, minha amada! Vã mercenária de minha administração! Não somos dois, somos um, somos únicos! Enganam-se quem diz que os opostos se atraem, na verdade os afins se entrelaçam e se justificam. Que diga a afinidade de nossa índole infiel desonesta e leviana e a nossa empatia na arte de enganar. Oh, minha amada! Vibra em nosso ANTRO o silêncio passivo e cúmplice de nosso colchão forrado pelas cédulas desviadas da Educação. Aquecendo nossos corpos enrolados pelos lençóis das imorais improbidades administrativas. Absorvendo o calor adultero de nossa libido, financiado pelo suor honesto do trabalho dos servidores do município. Oh, minha amada! Vã mercenária de minha administração! Dopa-me com palavras ansiolíticas que acalmam a ânsia da incerteza de ganhar novamente a eleição. E, se a LUCIDEZ da realidade desencadear novamente a psicopatia do medo da derrota, veste-me num abraço a camisa de força dos teus braços até esvair esta síndrome do pânico de perder a eleição. Oh, minha amada! Não somos dois, somos um, somos únicos! Tudo que é proibido nos excita. Excitados viveremos até o último OUTUBRO! Até o derradeiro verão deste triângulo amoroso, passional e inexplicavelmente GLAUCOMATOSO, pois não sei como consigo ENXERGAR em te algum atrativo. Oh, minha cara! Minha arrogante cabocla latina! Com a cara aos teus pés, paciente e corruptamente ouço-te e satisfaço teus queixumes e vontades que custam para o IPU os olhos da cara! Porém, EIS tudo que minha feia cara pode oferecer ao resto de meu desinteressante corpo! OH, MI AMADA! NO SOMOS DOS, PERO SÓLO UNO! Tua mente limitada, minhas ilimitadas mentiras, inconsistentes como teus seios que a genética e a lei da gravidade o impõe a mirrar tristemente para o chão. O mesmo chão onde pisam os eleitores que traí e menti com a mesma LEVIANDADE tua, quando interpretas fingindo paixão. E eu mais ainda, finjo acreditar em tua excitação no clímax maior na cópula carnal teatralizado por teus gritos em desvarios __”Rouba...! Rouba...! Rooouba prá miiim...! Aí, rouba...! Porém, a ilusão da onipotência do poder se amiúda a cada dia assim como também meu desejo. Oh, minha amada! Vã mercenária de minha administração! O fogo fátuo do nosso amor, iluminado pela alta taxa de iluminação pública não terá os watts suficientes para alumiar duas selas da Policia Federal quando o blecaute do apagão da DERROTA se abater sobre nós, na solidão de uma negra noite no retângulo de um CÁRCERE, quando DESPIDOS dos colchões e lençóis do poder, só nos restará o sentimento NU E ESCURO do arrependimento e do ASCO MÚTUO.