* POLÍCIA FEDERAL PRENDE 28 POR FRAUDE EM LICITAÇÕES

A Polícia Federal desencadeou na manhã desta quarta-feira (1) em Dourados a “Operação Uragano” (Furacão em Italiano), que resultou na prisão de várias pessoas entre elas o prefeito da cidade Ari Valdecir Artuzi – PDT.

Segundo informações repassadas através de boletim informativo da Polícia Federal, estão sendo cumpridos 28 mandados de prisão, 38 mandados de conduções (pessoas chamadas para depoimentos e investigações) e 30 mandados de busca e apreensão.

Contra as pessoas presas existe a acusação de fraudes em licitações, corrupção, enriquecimento ilícito e outros crimes contra a ordem pública.

ALGUNS NOMES

Além do prefeito, segundo constam que já estão presos alguns empresários que ainda não tiveram seus nomes divulgados, o vice-prefeito Carlinhos Cantor, o advogado e secretário Alziro Moreno Alziro Moreno e a mulher dele, a advogada Tatiane Cristina da Silva Moreno, secretária de Administração, que comandou a Secretaria de Governo e atualmente vinha respondendo pela Procuradoria Geral, além do também advogado Áureo Garcia Ribeiro Filho, assessor jurídico de Ari Artuzi desde quando ele foi deputado estadual, a secretária de Finanças Ignês Maria Boschetti Medeiros. Existe a informação de que a mulher do prefeito, Maria Freitas, teria sido presa em Brasília pelos federais e estaria sendo reconduzida para Dourados.

Ainda de acordo com informações, também foram presos os diretores do Hospital Evangélico, Eliezer Branquinho e Marco Aurélio Farias e o proprietário da empreiteira Vale Velho, Edson Freitas, os secretários municipais Claudio Marcelo Machado Hall (Serviços Urbanos), o de Obras Dilson Cândido de Sá; e os vereadores, Sidlei Alves, presidente da Câmara Municipal, Aurélio Bonatto (PDT), Edvaldo Moreira (PDT), Zezinho da Farmácia (PSDB), Humberto Teixeira Júnior (PDT), Paulo Henrique Bambu (DEM) José Carlos Cimatti (PSB), Marcelo Barros (DEM), Tio Júlio Artuzi (PRB) e Gino Ferreira, segundo suplente na candidatura de Waldemir Moka ao Senado pelo PMDB.

PF fala em organização criminosa

Em nota repassada á imprensa na manhã desta quarta-feira, durante a “Operação Uragano”, a PF (Polícia Federal), faz referência ao desbaratamento de uma “organização criminosa”, que seria chefiada pelo prefeito Ari Artuzi.

Segundo a PF, esta organização fraudou diversas licitações na cidade, onde empresas “amigas” do prefeito seriam beneficiadas, em posteriormente repassavam 10% dos valores arrecadas ao prefeito, que teria montado um “caixa 2”, e deste caixa, seriam retirados valores para serem aplicados em campanha política e também para pagamento de alguns vereadores do município. Advogados que trabalham no caso e estavam na sede da PF em Dourados chegaram a falar em “Mensalinho”, em alusão ao caso do “Mensalão” tão propagado no país envolvendo o ex-presidente do PT José Dirceu.