sábado, 18 de setembro de 2010
* O SENDEIRO – O SEGUNDO BAILE DOS ANOS DOURADOS DE CORRUPÇÃO.
Em frente à AABB, CALHAMBEQUES (carrões importados) luxuosos, traduziam o desrespeito às finanças de um município com um dos piores índices de pobreza do país. São figurantes imprescindíveis e decorativos no contexto do enredo no teatro dos novos ricos. Eram os máximos divisores comuns da FESTA DE ARROMBA DAS LICITAÇÕES VICIADAS. Seus estofados revestidos de couro legitimo são uma afronta as carteiras quebradas e desconfortáveis das escolas municipais. Pelos canos de seus escapamentos são lançados ao ar os investimentos que seriam o vetor para projetos urgentes e necessários a dignidade de uma sociedade pobre e carente de nossa cidade. Mas que se transmutam no veneno do monóxido de carbono, acelerado por pés oportunistas e mãos ambiciosas que conduzem o abalroado IPU para uma oficina sem conserto provocado por um fatídico DESASTRE eleitoral, onde a ferrugem do estelionato político com sua corrosão implacável e voraz carcomeu a flandagem da ética. No estacionamento milhares de LAMBRETAS (motos) usadas como moeda de troca junto a IBIAPABA Motos para abater as dividas da falida MOTOVEL, numa transação obscura e inescrupulosa. Todos os resultados materiais das arbitrariedades ao longo destes dois anos estavam lá, estigmatizados no supérfluo. Só faltaram a ESTE BAILE, a justiça, o T.C.M., o T.C.U. e a falta de vergonha política. A decoração do salão trazia detalhes da época. E se bem pensarmos, há uma correlação da década de sessenta com os dias atuais; O Brasil calado pela mordaça da ditadura militar sofria os rigores do ato institucional número cinco, o famigerado AI-5, e assim como hoje, havia a ALIENAÇÃO da maioria da população. Tal aquela época vivenciamos hoje a ditadura do silêncio. E convivemos angustiosamente a necessidade de ter uma voz ATIVA, AUDÍVEL E POTENTE de uma rádio para se opor e informar ao povo às ilicitudes que ocorrem na política de nosso município. Mas... não percamos tempo! Se não, vamos chegar atrasados ao baile que já iniciara! E a banda “A” CORRUPÇÃO tocava fazendo pano de fundo com a canção: “OS SINOS DOBRAVAM LÁ NA CATEDRAL ...” quando na verdade dobram dentro de nós os sinos da indignação e da impunidade. No palco o locutor fez a abertura emprestando (vendendo) sua voz e seus pulmões cuspindo pelo salão mentiras e elogios molhados ao REI DOS BAILES DAS FINANÇAS PÚBLICAS, SÁVIO PONTES! Ar e cuspos materializavam adjetivos duvidosos expelidos por salivas pegajosas lançadas por uma boca hipócrita, e pela garganta com cordas vocais de voz empostada e mentirosa do CONTADOR de inverdades na sua contabilidade fantasiosa, de balanços que não fecham e não batem, pois os DÉBITOS da farra oficial são maquiados e maiores que os CRÉDITOS morais de seu candidato já que não os tem com a sociedade esclarecida. Enfim o PLEYBOY DO MACACO entra no salão vestido com um blusão de couro comprado e espichado do espinhaço dos servidores públicos, nos desvios do desconto do Instituto de Previdência do Município; Trajava ridícula calça boca de sino, (sinos que dobram lastimosos pelo povo) e os rebeldes e ralos cabelos foram cimentados pela brilhantina GLOSTORA.
Pendurados no pescoço e nos braços, balançavam as pulseiras que acorrentaram as urnas eletrônicas que lhe sufragaram os votos que eram direcionados a Corrinha quando violara o programa das máquinas. Chegara com o corpo cheirando a LANCASTER, porém o odor de sua reputação em decomposição enojava os que ainda tinham consciência política e estavam ali para se divertirem. Por fim a atração é anunciada__ Nilton César liberta a voz : “A ÍNDIA FUI EM FÉRIAS PASSEAR, TORNAR REALIDADE UM SONHO MEU ... e o povo nostálgico intimamente replicava: Nossas finanças também passeiam em Sobral, na Argentina e na conchinchina. Com laçinhos cor de rosa, vestida numa MINI-SAIA justíssima com os cabelos petrificados quase perfurando o céu pelo LAQUÊ LOREAL, preferira ficar na beira da piscina tomando BANHO DE LUA, prá ver se ficava BRANCA COMO A NEVE, A BROTINHA LEGAL Carmita, que se dizia estar a cara da WANDERLÉIA, comparação que causou a indignação da Natalia Viana que se julgava a sósia da artista e afirmava convencidamente que era UMA BRASA MORA! Enquanto seu apagado e infiel Chiquinho Soares, caladinho no seu intimo, e bote intimo nisso, descordava inteiramente. Raimundo Diogo de costeletas imensas, camisa e calça coloridas e brilhantes e no cabelo brilhantina TABU, cheirando a sabonete Gessy, comprados com os recursos do desvio do calçamento da baixa larga, e fazendo sensuais coreografias dançando no meio do salão, dizendo está atuado pelo ESPÍRITO de ELVES PRESLEY! E se requebrava, se desmantelava, se desconjuntava todo, dançando o iê, iê, iê, ao som do rock roll BLUE MOON, antigo sucesso do tal espírito, e gritava aos quatro ventos que ELVES não morreu! Mas, se julgarmos pela semelhança física... ELVES morrera mesmo! ERA UM BIQUINI AMARELINHO DE BOLINHAS BEM PEQUENININHO que a Zélia Paiva deu a ar da graça no baile. Produzida com os recursos do manipulado tentáculo político do Cid Gomes o eleitoreiro CREDE 5, se dizia o clone da ROSE MEYRE. Em função de seu pequeno cociente de inteligência, Virginia não entendia o amor CAPRINO, o amor animal de Marlúcia, que lhe confessava ter um bode para lhe AQUECER NESTE INVERNO, E QUE TUDO MAIS VÁ PRÓ INFERNO! Enquanto o álcool fazia companhia ao Aloísio (gogó) que sob seus efeitos etílicos exclamava: TÔ DOIDÂO! TÔ DOIDÂO! BICHO (bode) TÔ DOIDÂO! PORQUE ROUBARAM MINHA MINA DENTRO DO SALÃO. Próximo ao tobogã Carlos David explicava ao Ferim fazendo uso da onomatopéia SPLISH PLES para explicar o barulho da tapa que levara da esposa quando fora pego em adultério, e repetia nervosamente: E HAJA SPLISH PLES, SPLISH PLES, SPLISH PLES. No palco Nilton César tem a impressão de ter entrado em um baile de fantasias humorísticas, mas solta a voz no seu cantar: “HEI MOTORISTA, RICO POBRE PRETO OU BRANCO ... e povo nostálgico intimamente replicava: O Ipu é uma carreta em ponto morto, descendo uma ladeira, desgovernada na banguela, guiada por um motorista bêbado que a justiça não consegue lhe enfiar nas fuças um bafômetro ÉTICO ou etílico para medir o teor de sua IRRESPONSABILIDADE. No bar, Aldânia a secretaria SEM educação e sem modos, calçava bota cano longo e trajava minúscula MINI-SAIA do tamanho dos biscoitos cream cracker servidos com água como merenda escolar.
Esbravejava ébria e deseducadamente esta a cara da cantora JANES JOPLIN. Chegaram ao baile Magela Aragão e sua mulher anã de tamanho, mas grande em ambição. Deram o ar da graça cheirando a colônia MADEIRA DO ORIENTE, porém, se diziam incomodados com o aroma de limpeza, pois gostariam mesmo era de estarem perfumados com os odores de vários aterros sanitários, fedidos como suas almas. Vieram travestidos de Cauby Peixoto e Ângela Maria. A jacutinga afirmava que os olhos do Milton Pereira eram OLHOS FEITICEIROS parodiando a canção do JERRY ADRIANY, e berrava pelo salão: “Olhos assim, não existem mais, mais, maaais... E a banda “A” CORRUPÇÃO fazia o acompanhamento musical da atração que demonstrava um certo abatimento: “RECEBA AS FLORES QUE LHE DOU, E EM CADA FLÔR UM BEIJO MEU..., e o povo nostálgico intimamente replicava: São flores tristes depositadas sobre a lápide do tumulo que sepultou o progresso, que se despediu com o beijo da morte, molhado e frio, no cemitério particular do Nenem Torres. Ouve-se então enorme alarido! LÁ FORA UM CORRE, CORRE, DOS BROTOS DO LUGAR, os Mirandas acabaram de ASSALTAR a bilheteria e correram prá sua chácara, e pelo visto o CONTADOR irá ficar com SALDO BANCÁRIO DEVEDOR em sua contabilidade particular! Tal os professores quando lhes subtraíram o FUNDEB de suas contas correntes. Nesta altura Nilton César já apavorado e AFÔNICO apressava-se em encerrar o triste show ao perceber sua sensibilidade artística ser atingida por vibrações negativas, causando-lhe um torpor na vista e na voz que já tendia ao desafino, e se despede escolhendo uma canção que fala do sentimento humano mais nobre que é o amor: “AMOR, AMOR, AMOR, ESTOU AQUI, AQUI, AQUI! AMOR, AMOR, AMOR, ESPERO POR TÍ, POR TÍ, POR TÍ... E o povo nostálgico replicava: O amor não sobrevive nos atos, ações e atitudes políticas que faltam o oxigênio do respeito ao povo, nem aqui, nem na INDIA. Nilton Cesar jurara a si mesmo que nunca mais voltará, nem prá passear nas férias e muito menos prá cantar. Irá mesmo prá ÍNDIA.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
E na festa caro amigo Sendeiro, a "Banda A" tocando enquanto a "Banda Podre" da prefeitura tomavam todos uisques.
Sendeiro,
Você é o cara! Seus textos são incríveis!!!
Parabéns!
A "Banda A" tambem faz parte da máfia, pois é totalmente patrocinada pelo prefeito. Vamos esperar e ver seu próximo contrato. A maioria dos músicos ipuenses, estão comprados ou são pagos com o dinheiro publico. Por isso, nada vai prá frente.
A banda A...proveitadora; nao pode perder a oportunidade para se tornar conhecida, mas, Aproveitem para se libertar da maldição da PESTE DO NOVO TEMPO, OU IRÃO CAIR ANTES DE LEVANTAR. O povo não aguenta mais tantos APROVEITADORES.
Postar um comentário