* O SENDEIRO – OS ANFÍBIOS DE BRANCO.

Tempo. Senhor corrediço, transparente, mutante e sábio. Em nossa memória auditiva e psíquica as lembranças vivas em alto e bom som e tom das vozes, das bocas e dentes que se arreganhavam alucinadamente. Das gargantas que se esgoelavam em insanos gritos contra a ordem estabelecida. Olhando-os expulsos de vosso próprio ANTRO, miro-os com os olhos de perplexidade e “DESCONFIANÇA”, e pasmo, sinto envolver-me a serena certeza e convicção de que para os materialistas, a dor no bolso dói mais do que na alma. Inquietam-se em mim tantos INDAGARES! Em que altar e causa intermédia hoje vosso SANTO? Vosso herói enfarta-se sozinho com as cédulas que julgavas com a vitória na eleição, que seriam compartilhadas, seviciadas e manipuladas também por vossas mãos. Vosso REDENTOR não subiu na cruz. Sumiram as auréolas santificadas do Galileu do macaco. Esvaeceu o estigma do salvador que libertaria o povo do jugo DOS PÁSSAROS. O picadeiro ruiu, o ator abandonou o palco, já não precisa interpretar mais nenhuma cena. Rasgou o script desta dramaturgia política barata. Desnudou-se dos sofismas, lavou a maquiagem, vestiu sua própria fantasia, a fantasia dele mesmo, ou seja, de PALHAÇO, deixando a mostras sua verdadeira personalidade e face. Fora pelo menos autentico e fiel a uma vida dedicada a CORRUPÇÃO E A TRAPAÇA, e que agora IRONICAMENTE VOS sois vitimas. Sob o palco deste teatro mambembe encarnou o papel de JUDAS ISCARIOTES com vossas mercês sentados nos bancos da primeira fila do grande CIRCO que montaram há dois anos atrás. O ator preferira ficar só para si as moedas da bilheteria da arena de horrores. Vosso ídolo virou um TOTEM de pedra. Indiferente, surdo e IRÔNICO aos vossos reclames. Foi-se a idolatria. É impossível ficar impávido diante do computador e ver estas cenas dantescas de comédia pastelão, ao vê-los de microfones em punho espalhando pelas ruas do Ipu palavras que DESDIZEM tudo o que dantes falavam. Implorando pelo ouvido do povo, mendigando sua atenção, para que ouça confessar seus infortúnios PESSOAIS. Quando que__ quem precisa de analistas, psicólogos e clínicos é o POVO e não vós! Mas... se queres um desfecho honrado, que tal compartilhar vossas fortunas de rico berço, ou amealhada na política ao longo destes anos, PARTICULAMENTE OS DOIS ÚLTIMOS? Fazei isto como uma espécie de penitência política ou DÍZIMO reparador pela omissão ao povo dos pecados morais e capitais de seu falso profeta que vós bem sabias quem o era. E aplicai providencial analgésico para a dor do enfermo que não estanca. Obstruais a veia do desvalido que sangra mais que as finanças públicas do município, na depressiva convalescença da doença que não sara e que já vislumbram o apagar do apogeu das luzes da vida para entregar-se a escuridão da morte. Seria honroso e mais digno ainda pedir desculpas ao Ipu, ao povo e as “AVES” e após rezar o ATO DE CONTRIÇÃO de vossa pseuda religiosidade exclamando: Por minha culpa, minha máxima culpa, minha tão grande culpa... E na sinceridade de vossas preces roguem a Deus para que o povo do Ipu deixe de crer em OPORTUNISTAS GUERREIRAS (OS) para livrar-los de monumental opressão política, tais judeus errantes na espera de um salvador da pátria israelita, pois o MESSIAS DA MUDANÇA esta dentro de nos e depende de nós e não de vocês. E antes do fim dos tempos do penitente Ipu, poderemos proclamar a ANUNCIAÇÃO DE SEU NASCIMENTO quando novamente nos debruçarmos e reverenciarmos tais Reis Magos da Era eletrônica. Sem mirra, sem incenso e sem ouro, mas com o TITULO DE ELEITOR nas mãos ao encontro de uma MANJEDOURA chamada de URNA.